Brasília, segunda-feira, 6 de julho de 2009 - 23:38 | Atualizado em: 7 de julho de 2009
CAMPANHA SALARIAL
Ensino superior: patrões voltam atrás e mudam acordo
Empregadores não querem manter a proposta de reajustar o piso salarial da categoria apresentada ao SAEP pela comissão de negociação. Próxima reunião de negociação será no dia 8

Os donos das instituições de ensino superior do Distrito Federal não querem negociar. Impõem condições que interessam apenas os empregadores, sem discutir um acordo que posso melhorar, também, para a categoria dos auxiliares de administração escolar.
Visam somente lucros. Os proprietários tratam os auxiliares e a educação como mercadoria.
No dia 24, o Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos Particulares de Ensino Superior do Distrito Federal (Sindepes), se reuniu em assembleia geral, para ratificar as propostas apresentadas ao SAEP na mesa de negociação.
No entanto, os patrões decidiram voltar atrás quanto a proposta de reajustar o piso salarial da categoria.
O acordo firmado na mesa de negociação entre o SAEP e a comissão de negociação dos empregadores era de reajustar o piso salarial em 8,07% (de R$ 476,55 para R$ 515).
Para os auxiliares cuja função exige-se nível médio, o reajuste do piso salarial seria de 8,96% (de R$ 550,68 para R$ 600).
Agora, não querem manter a proposta.
A luta continua
Chega de tanta injustiça e egoísmo. A diretoria do SAEP vai continuar lutando para melhorar as condições de trabalho dos auxiliares de administração escolar.
"Vamos tentar negociar o ganho real do piso da categoria, que eles [os representantes dos patrões] aprovaram na última reunião (18) e que agora querem voltar atrás", afirma a presidente do SAEP, Maria de Jesus da Silva.
A presidente exigiu, ainda, que a comissão de negociação se reúna mais uma vez com a diretoria do Sindicato, para lutar por esta reivindicação, de ganho real, para os trabalhadores.
A próxima reunião de negociação será nesta quarta-feira (8), às 15 horas, na sede do Sindepes.
Propostas aprovadas
Apesar de não ter sido deliberada a proposta de reajuste salarial para os auxiliares, a assembléia dos empregadores aprovou as seguintes reivindicações:
- recomposição plena do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC);
- abono salarial de R$ 80 no salário de julho, a ser pago até o 5º dia útil do mês de agosto;
- Cláusula de regulamentação do Banco de Horas, com redução para 80 horas;
- multa escalonada por atraso de pagamento de salário;
- licença de três dias por semestre para tratamento (acompanhamento) médico de filhos;
- estabilidade de dois anos para aposentadoria, para auxiliar com, no mínimo, dez anos de contrato; e
- manutenção da bolsa de estudos.
Os trabalhos da mesa de negociação começaram no dia 29 de abril.
A diretoria do SAEP espera que, na próxima reunião, a ser marcada pelo Sindepes, os patrões venham dispostos a, realmente, negociar.
Para que, assim, possa ser aprovada e fechada a nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
*Matéria modifcada, no dia 7, para atualização de informações.
Notícia anterior:
Ensino superior: negociação com mantenedoras avança
Últimas notícias
Estudantes do Guará terão cursinho pré-Enem pago com recursos da União
17/7 - 12:20 |
Lula veta projeto aprovado pelo Congresso que aumenta número de deputados na Câmara
17/7 - 12:9 |
Imprensa estadunidense repercute criticamente decisão de Trump de sobretaxar produtos brasileiros
16/7 - 20:15 |
Trabalhador ou “colaborador”: o que você é na empresa em que trabalha
15/7 - 16:31 |
Presidente do SAEP assume mandato na Diretoria Plena Efetiva da Contee
Notícias relacionadas
SAEP convoca categoria para analisar contraproposta patronal, em assembleia geral
25/6 - 15:37 |
SAEP segue em negociação com Sindepes para fechar Convenção Coletiva
26/4 - 18:3 |
SAEP e Sindepes negociam para fechar Convenção e reajustar salário
17/4 - 18:35 |
Orçamento federal 2026 prevê salário mínimo de R$ 1.630
1/3 - 17:37 |
AGE: SAEP realiza assembleia da Educação Básica e Ensino Superior