Brasília, terça-feira, 7 de julho de 2009 - 15:26
DESIGUALDADE
Inflação para pobres sobe mais do que para ricos, diz Dieese
Fonte: Agência Estado

A taxa de inflação para a população de menor poder aquisitivo foi mais expressiva do que a observada para a população de maior renda na cidade de São Paulo em junho.
A informação foi divulgada nesta terça-feira (7), pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O Departamnto que, apesar de apurar que o Índice do Custo de Vida (ICV), apresentou uma leve alta de 0,05% no mês passado, ante avanço de 0,23% no mês anterior, constatou que, para os mais ricos, houve taxa positiva de 0,03% e, para os mais pobres, elevação de 0,11% no período.
O Dieese calcula mensalmente, além do ICV geral, mais três indicadores de inflação, segundo os estratos de renda das famílias da capital paulista.
O primeiro grupo corresponde à estrutura de gastos de um terço das famílias mais pobres (com renda média de R$ 377,49); e o segundo contempla os gastos das famílias com nível intermediário de rendimento (renda média de R$ 934,17).
Já o terceiro reúne as famílias de maior poder aquisitivo (renda média de R$ 2.792,90).
No primeiro grupo, o ICV de junho foi 0,06 ponto porcentual inferior à variação de 0,17% de maio.
No terceiro, de maior renda, a taxa de inflação foi 0,26 ponto porcentual mais baixa que a do mês anterior, de 0,29%. No grupo intermediário, o ICV passou de 0,14% para 0,08% entre maio e junho.
Na avaliação do Dieese, a alta de 0,55% do grupo Alimentação prejudicou mais as famílias do primeiro e do segundo estratos de renda, com contribuições no cálculo de suas taxas de 0,20% e de 0,19%, respectivamente, apresentando menor impacto no terceiro estrato, de 0,12%.
Comportamento inverso foi verificado nas contribuições relativas aos reajustes no grupo Habitação: 0,01 ponto porcentual para os mais pobres; 0,03 ponto porcentual para o estrato intermediário; e 0,06 ponto porcentual para os mais ricos.
Os técnicos do Dieese avaliaram, porém, que, em junho, as diferenças entre os ICVs destes três estratos não foram tão expressivas quanto às observadas em períodos anteriores.
"Apesar das taxas apresentarem valores diferentes por estrato de renda, elas não são muito distintas, indicando um comportamento bastante estável, próximas a zero", analisaram.
Últimas notícias
Estudantes do Guará terão cursinho pré-Enem pago com recursos da União
17/7 - 12:20 |
Lula veta projeto aprovado pelo Congresso que aumenta número de deputados na Câmara
17/7 - 12:9 |
Imprensa estadunidense repercute criticamente decisão de Trump de sobretaxar produtos brasileiros
16/7 - 20:15 |
Trabalhador ou “colaborador”: o que você é na empresa em que trabalha
15/7 - 16:31 |
Presidente do SAEP assume mandato na Diretoria Plena Efetiva da Contee
Notícias relacionadas
Distribuição de renda no Brasil retrata desigualdades racial e de gênero
17/4 - 18:35 |
Orçamento federal 2026 prevê salário mínimo de R$ 1.630
19/2 - 13:56 |
MPT investiga 32 empresas suspeitas de incentivar oposição à contribuição
7/2 - 8:24 |
Prioridade dos trabalhadores, entidades organizam consulta sobre jornada 6x1
3/2 - 17:47 |
Desafios das negociações coletivas