Brasília, sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014 - 17:0
DEMOCRATIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO
Educação não pode ser negociada na bolsa de valores
Fonte: Contee
Grupo Abril é um dos exemplos de empresas que negociam a educação como mercadoria. Instituição pretender vender de 20% a 25% da área, em transação que pode chegar a R$ 450 milhões
A notícia não foi divulgada nas seções de educação dos jornais e sites de informação, mas nas de economia: nesta semana, veículos especializados em finanças divulgaram que as ações da Abril Educação subiram fortemente em dois pregões seguidos na Bovespa após a Abrilpar, a empresa controladora, anunciar a contração de dois bancos – o Itaú BBA e o BTG Pactual – para analisar "oportunidades estratégicas" relacionadas ao seu investimento na Abril Educação, podendo inclusive envolver alterações no controle da empresa.
Outra notícia, veiculada pelo jornal Valor Econômico, trazia a informação de que a Abrilpar negocia uma venda de 20% a 25% da Educação, tendo como interessado um grupo que inclui a empresas Laureate entre os parceiros. Segundo estimativas, essa operação poderia chegar a R$ 450 milhões.
Trata-se apenas de um exemplo mais recente, mas o que está por trás dele é a lógica nefasta da financeirização da educação no Brasil. Por "oportunidades estratégicas" é fácil entender que não se referem a investimentos em qualidade, mas sim à busca por mais lucros.
Um dos instrumentos que a Contee tem defendido para ajudar a combater esse processo é a aprovação do Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação do Ensino Superior (Insaes), o qual determina que qualquer fusão ou incorporação de empresas do setor precisa de autorização prévia do Ministério da Educação, e não apenas do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), uma vez que não se caracteriza como uma operação financeira qualquer, de compra e venda de mercadorias, mas de um direito constitucional de cada cidadão, que o Estado tem por dever ofertar.
É claro que não é suficiente. A Abril Educação, por exemplo, engloba editoras, sistemas de ensino, escolas e cursos preparatórios, idiomas e negócios complementares, não se restringindo em nenhuma medida ao ensino superior. Por isso, além de lutar pela aprovação do Insaes, a Contee mantém sua batalha em defesa daquela que é uma de suas principais bandeiras: a regulamentação da educação privada, sob exigências idênticas às aplicadas à educação pública.
Outra notícia, veiculada pelo jornal Valor Econômico, trazia a informação de que a Abrilpar negocia uma venda de 20% a 25% da Educação, tendo como interessado um grupo que inclui a empresas Laureate entre os parceiros. Segundo estimativas, essa operação poderia chegar a R$ 450 milhões.
Trata-se apenas de um exemplo mais recente, mas o que está por trás dele é a lógica nefasta da financeirização da educação no Brasil. Por "oportunidades estratégicas" é fácil entender que não se referem a investimentos em qualidade, mas sim à busca por mais lucros.
Um dos instrumentos que a Contee tem defendido para ajudar a combater esse processo é a aprovação do Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação do Ensino Superior (Insaes), o qual determina que qualquer fusão ou incorporação de empresas do setor precisa de autorização prévia do Ministério da Educação, e não apenas do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), uma vez que não se caracteriza como uma operação financeira qualquer, de compra e venda de mercadorias, mas de um direito constitucional de cada cidadão, que o Estado tem por dever ofertar.
É claro que não é suficiente. A Abril Educação, por exemplo, engloba editoras, sistemas de ensino, escolas e cursos preparatórios, idiomas e negócios complementares, não se restringindo em nenhuma medida ao ensino superior. Por isso, além de lutar pela aprovação do Insaes, a Contee mantém sua batalha em defesa daquela que é uma de suas principais bandeiras: a regulamentação da educação privada, sob exigências idênticas às aplicadas à educação pública.
Últimas notícias
1/7 - 15:32 |
SAEP convoca categoria para analisar contraproposta patronal, em assembleia geral
25/6 - 15:37 |
SAEP segue em negociação com Sindepes para fechar Convenção Coletiva
18/6 - 18:24 |
Interação humana ensinada por educadores não será substituída pela IA, diz Bill Gates
18/6 - 15:26 |
Feriado de Corpus Christi: atividades retornam na segunda-feira (23)
12/6 - 10:24 |
PL prevê volta da assistência sindical na homologação de demissões
SAEP convoca categoria para analisar contraproposta patronal, em assembleia geral
25/6 - 15:37 |
SAEP segue em negociação com Sindepes para fechar Convenção Coletiva
18/6 - 18:24 |
Interação humana ensinada por educadores não será substituída pela IA, diz Bill Gates
18/6 - 15:26 |
Feriado de Corpus Christi: atividades retornam na segunda-feira (23)
12/6 - 10:24 |
PL prevê volta da assistência sindical na homologação de demissões
Notícias relacionadas
6/9 - 14:5 |
DIREITO GARANTIDO
Trabalhador deve receber auxílio alimentação sem nenhum desconto
24/8 - 12:53 | CAMPANHA SALARIAL
SAEP assina CCT do Ensino Superior; aumento no tíquete e no piso
18/8 - 11:55 | CAMPANHA SALARIAL
Ensino Superior próximo à assinatura da CCT 2016
17/8 - 14:30 | ENSINO SUPERIOR
Campanha salarial: SAEP convoca para assembleia
8/7 - 12:10 | DENUNCIANDO O GOLPE
Em defesa da educação: Desmontando as mentiras de um governo golpista
Trabalhador deve receber auxílio alimentação sem nenhum desconto
24/8 - 12:53 | CAMPANHA SALARIAL
SAEP assina CCT do Ensino Superior; aumento no tíquete e no piso
18/8 - 11:55 | CAMPANHA SALARIAL
Ensino Superior próximo à assinatura da CCT 2016
17/8 - 14:30 | ENSINO SUPERIOR
Campanha salarial: SAEP convoca para assembleia
8/7 - 12:10 | DENUNCIANDO O GOLPE
Em defesa da educação: Desmontando as mentiras de um governo golpista