Brasília, segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010 - 16:30
MENSALÃO DO DEM
Movimento “Fora Arruda” reúne centenas em protesto em Brasília
Fonte: Brasília Confidencial

Acusado de participar da tentativa de suborno ao jornalista Edson Sombra, uma das principais testemunhas do mensalão do DEM, afastou-se neste domingo (6) do cargo o secretário-particular do governador José Roberto Arruda e sobrinho dele, Rodrigo Arantes.
Segundo Antonio Bento da Silva, preso em flagrante depois de entregar uma sacola com R$ 200 mil a Edson Sombra, na manhã de quinta-feira, foi Rodrigo quem lhe deu o dinheiro destinado ao pagamento da primeira parcela do suborno.
O afastamento de Rodrigo foi precedido, quinta e sexta-feira, pelo de dois outros colaboradores de Arruda, ambos apontados por Edson Sombra como intermediários do governador na negociação do suborno.
Um deles é Welligton Moraes, assessor de Comunicação Social; o outro é Geraldo Naves, deputado distrital do DEM que Sombra denunciou à Polícia Federal como portador de um bilhete de Arruda e também da oferta de R$ 3 milhões, pelo governador, para que o jornalista dissesse que haviam sido manipulados os vídeos do mensalão do DEM gravados pelo delator do esquema, Durval Barbosa.
Sexta-feira, Naves desistiu de continuar na Câmara Legislativa. No sábado, desmentiu o advogado de Arruda que inventara a tese de que o governador não havia mandado nenhum bilhete a Sombra.
Ainda forte para pagar advogados, controlar a maioria dos deputados distritais e orientar sua turma a boicotar as investigações da Polícia Federal, mediante o adiamento de depoimentos, Arruda foi alvo neste fim-de-semana de mais duas denúncias e da primeira passeata importante desde que o Superior Tribunal de Justiça, o Ministério Público e a Polícia Federal tornaram público o esquema criminoso que ele comandava.
Uma das novas denúncias foi publicada na edição dominical da Folha de São Paulo. Informa que o Governo Arruda deu R$ 430 milhões a empresas de parentes de dois deputados distritais – Eliana Pedrosa (DEM e Cristiano Araújo (PTB) – e de um suplente – Wigberto Tartuce (PMDB) – que votarão o processo de cassação do governador.
A outra denúncia, publicada pelo Estado de S. Paulo, é a de que o esquema Arruda está mobilizando um grupo de arapongas para grampear parlamentares, fabricar e distribuir dossiês contra seus acusadores.
Na quarta-feira, agentes da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado da Polícia Civil prenderam, diante da Câmara Legislativa, dois policiais civis de Goiás com equipamentos de escuta ambiental.
Segundo a deputada Érika Kokay (PT), os policiais goianos disseram ter sido contratos pelo ex-chefe de gabinete de Arruda, Fábio Simão, com a missão de gravar conversas nos gabinetes de opositores do governador.
"Dois dias depois da descoberta do suposto esquema de espionagem", lembra a reportagem do Estadão, o diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal, Cleber Monteiro, pediu exoneração.
O jornal informa também que a ex-presidente da seccão da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal, Estefânia Viveiros, procurou a Polícia Federal dizendo-se vítima de suposta trama de aliados do governador.
Ela entregou aos delegados duas fotos, que qualificou como claramente montadas, em que aparece conversando com Durval Barbosa, o delator do mensalão. O Governo Arruda contesta tudo.
De qualquer modo, como a quadrilha age sem reconhecer nenhum tipo ou grau de limite, a grande novidade mesmo surgiu nas ruas, precisamente numa das grandes avenidas que atravessam Brasília, na manhã deste domingo.
Pela primeira vez, centenas de estudantes, sindicalistas e outros moradores na cidade se reuniram em passeata para reclamar a saída de Arruda e de outros mensaleiros – o vice-governador, Paulo Octávio, e quase uma dúzia de deputados distritais.
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