Brasília, quinta-feira, 26 de julho de 2012 - 17:54 | Atualizado em: 27 de julho de 2012
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Analistas avaliam que taxa de desemprego nacional terá recuo
Fonte: Valor Econômico
Mesmo com expectativa de crescimento, especialistas esperam que a taxa de desemprego fique próxima dos 6%
A desaceleração no ritmo de abertura de vagas formais no primeiro semestre não deve alterar substancialmente o quadro para o mercado de trabalho, que deve seguir pressionado, com desemprego baixo e ganhos reais de salários, avaliam economistas.
De acordo com a média das projeções coletadas pelo Valor Data com 11 instituições, a taxa de desemprego deve cair para 5,7% em junho.
No mesmo mês do ano passado, a desocupação era de 6,2% da População Economicamente Ativa (PEA), de acordo com dados da Pesquisa Mensal do Emprego (PME).
O intervalo das projeções para a desocupação varia entre 5,5% e 5,85% e o IBGE divulga o resultado hoje.
Alexandre Teixeira, sócio-consultor da MCM Consultores, tem o piso das estimativas para a taxa de desemprego em junho, de 5,5%.
Para ele, no entanto, o desemprego tende a subir ligeiramente ao longo do segundo semestre, embora continue abaixo de 6%, na esteira de um volume menor de admissões mostrado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Em junho, foram abertas 120 mil vagas, 44% a menos do que no mesmo mês do ano passado.
Em sua avaliação, mesmo que a previsão se confirme, o desemprego permanecerá em nível bastante baixo e permitirá que o mercado de trabalho dê sustentação ao consumo e à expectativa de retomada da atividade nos próximos meses.
Robson Pereira, economista do Bradesco, acredita que o quadro para o mercado de trabalho também é de certa acomodação num patamar bastante apertado.
Pereira avalia que a desaceleração das contratações com carteira assinada no primeiro semestre é uma reação defasada ao fraco ritmo de atividade econômica nos últimos três trimestres, o que deve ser revertido ao longo do segundo semestre.
"Temos expectativa de que o mercado de trabalho apresente retomada mais adiante, à medida que a economia acelerar".
Para Pereira, os cenários mostrados pelo Caged e pela PME apresentam trajetórias aparentemente divergentes por causa das metodologias e amostras distintas.
Ele ressalta que o Caged avalia apenas o registro de trabalhadores com carteira assinada e, nesse segmento, o crescimento da população ocupada, na PME, também está desacelerando.
Em janeiro deste ano, a população ocupada com carteira assinada aumentou 5,15% em relação a igual mês de 2011. Em maio, na mesma base de comparação, a alta foi menor, de 3,87%.
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