SAEP apresenta pesquisa e cobra aprovação de reivindicações

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Brasília, sexta-feira, 27 de julho de 2012 - 14:50      |      Atualizado em: 6 de agosto de 2012

ENSINO SUPERIOR

SAEP apresenta pesquisa e cobra aprovação de reivindicações


Por: Rafael Pacheco

Sindicato patronal se nega a confirmar aumento de matriculas e mensalidades

RP/SAEP

No último encontro realizado entre o SAEP e os representantes do sindicato patronal (Sindepes), nesta terça-feira (24), a diretoria do Sindicato defendeu, mais uma vez, a concessão do ganho real e auxílio alimentação para os trabalhadores membros do quadro de auxiliares da educação.

Mas a discordância referente aos dados levantados pela diretoria do SAEP, por parte do sindicato patronal, em relação aos aumentos de receita das instituições de ensino, fez com que o SAEP encomendasse uma pesquisa ao Dieese (Departamento Intersindical de Estudo e Estatísticas Socioecônicas), para esclarecer oficialmente, a real situação das instituições de ensino no Distrito Federal.

A pesquisa ficou pronta e mostrou que o aumento no valor das mensalidades cobradas pelas instituições de ensino são reais, com elevação de até 5% maior que a inflação em algumas empresas. (Para ver a pesquisa completa clique aqui).

Além disso, a pesquisa evidencia um aumento no número de matriculas, enquanto o número de funcionários na educação diminuiu.

De posse desses dados, a diretoria do SAEP se reuniu, mais uma vez, com os representantes do sindicato patronal e, sem perder tempo, os representantes da dos auxiliares da educação, sob a assessoria do Dieese, fizeram questão de apresentar, um a um, os números apurados.

Mas ainda assim, a comissão do Sindepes foi relutante em admitir os ganhos e propor negociação sobre os itens apresentados na última Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
"Precisamos ser realistas e entender que certos pontos das reivindicações não irão passar na assembleia [patronal]", afirmou o presidente da comissão do Sindepes, Roberto Esteves.

Ele ainda enfatizou que "o mercado tem penalizado as empresas, e o setor não teve essa explosão financeira que é levantada".

Em contrapartida, em defesa da categoria dos auxiliares da educação, o diretor do SAEP, Mário Lacerda cobrou mais transparência dos empregadores, pedindo que fossem divulgados os números relativos às matriculas efetivadas pelas empresas.

"O mercado não está falido, longe disso, mas tem faltado transparência por parte das instituições", cobrou.

Auxílio alimentação
Um dos pontos mais defendidos pelos representantes do SAEP e também representante do Dieese durante o encontro foi o do benefício referente ao auxílio alimentação – reivindicação recorrente da diretoria do SAEP.

Em certo momento da reunião, o economista do Dieese, Sergio Lisboa, mostrou a real função do auxílio. "Há um cunho social no auxílio alimentação, é uma soma de valor à renda do trabalhador, muito embora ele não entre na folha de pagamento diretamente".

Demais benefícios
Efetivo defensor da categoria e conhecedor das necessidades reais dos auxiliares da educação, o diretor do SAEP, Mário Lacerda fez questão de lembrar que a lista de reivindicações não abrange apenas o auxílio alimentação.

Ele deu grande valor ao auxílio, mas enfatizou: "Todos os itens da nossa lista de 12 benefícios reivindicados são principais, não existe um que seja mais importante que o outro. Todos são importantes para a categoria".

Outra cobrança feita por todos os membros da diretoria do SAEP foi a respeito da realização da assembleia do sindicato patronal (Sindepes) para analisar as reivindicações da categoria dos auxiliares da educação.

Crítica
Ao fim da rodada de negociação, a presidente do SAEP, Maria de Jesus da Silva lamentou a posição contrária aos benefícios cobrados, mantida por parte dos membros do sindicato patronal e os representantes das instituições de ensino.

"Fica a sensação de que no último momento as reivindicações não vão ser atendidas, mesmo com os dados apresentados por nós aqui".

A presidente ainda fez uma dura critica ao sindicato patronal e cobrou comprometimento com os pedidos feitos anteriormente, pelo próprio Sindepes. "Eles pedem a pesquisa, o Sindicato faz a pesquisa, argumenta e eles contradizem a pesquisa. Até surge um sentimento de perda, mas eu tenho esperança na nossa luta", concluiu.









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