Brasília, quinta-feira, 21 de maio de 2009 - 16:10
ECONOMIA MUNDIAL
IBGE: crise não piorou, mas estabilizou emprego
Fonte: Agência Estado
O gerente da pesquisa mensal de emprego do IBGE, Cimar Azeredo, disse nesta quinta-feira (21) que os dados do mercado de trabalho referentes à abril e ao primeiro quadrimestre deste ano mostram que a "a crise não piorou, mas estabilizou o mercado de trabalho em relação ao ano passado".
"É um mercado de trabalho muito parecido com o de 2008, o mercado está se mantendo, mas não está se desenvolvendo", disse Azeredo.
E acrescentou que "o mercado de trabalho parou, está dando conta de manter postos, formalidade e poder de compra, mas não está evoluindo", disse.
O gerente da pesquisa mostrou dados que, segundo ele, confirmam a estabilidade do mercado de trabalho este ano ante o ano passado.
A taxa média de desemprego no primeiro quadrimestre deste ano ficou em 8,7%, ante 8,5% em igual período do ano passado, o que, de acordo com Azeredo, mostra que não houve variação estatisticamente significativa no período.
O nível de ocupação (número de ocupados em relação a população com 10 anos ou mais de idade) ficou em 51,7% nos quatro primeiros meses deste ano, também estável em relação ao mesmo período do ano passado (51,8%).
Já o aumento de 0,2% no número de trabalhadores ocupados no mercado de trabalho metropolitano em abril ante igual mês do ano passado representou a menor alta apurada pelo IBGE na série da pesquisa mensal de emprego, iniciada em março de 2002.
Além disso, Cimar Azeredo destacou que, também pela primeira vez na série, a população ocupada cresceu, no primeiro quadrimestre deste ano, abaixo da população em idade ativa.
"Estamos diante de um mercado de trabalho que não gera postos. Não houve melhora nem piora, o mercado não evolui", disse.
Segundo ele, caso a população em idade ativa continue subindo acima da geração de vagas, "a fila de desemprego vai aumentar".
De acordo com o gerente da pesquisa de emprego do IBGE, "estamos em um momento de alerta, de atenção no mercado de trabalho".
Para ele, a expectativa agora é sobre quando haverá inflexão na taxa de desemprego, com geração de postos.
"A grande ansiedade é sobre quando o mercado vai gerar postos de trabalho", disse.
De qualquer modo, segundo Azeredo, "apresentar dados como esses (de abril) em um momento de crise, de certa forma, é positivo".
Setores
A indústria cortou 105 mil vagas nas seis principais regiões metropolitanas do País em abril, comparativamente a igual mês do ano passado, segundo mostra a pesquisa mensal de emprego divulgada hoje pelo IBGE.
Houve queda de 3% na ocupação industrial em abril ante igual mês do ano passado, o maior recuo na comparação anual para o setor, na série da pesquisa iniciada em 2002.
Na comparação com março deste ano, a indústria registrou queda de 0,2% no número de ocupados em abril, com corte de 7 mil vagas de um mês para o outro.
De acordo com Azeredo, o setor industrial foi o principal responsável pelo fato de o mercado de trabalho "não ter evoluído" em abril.
Últimas notícias
Estudantes do Guará terão cursinho pré-Enem pago com recursos da União
17/7 - 12:20 |
Lula veta projeto aprovado pelo Congresso que aumenta número de deputados na Câmara
17/7 - 12:9 |
Imprensa estadunidense repercute criticamente decisão de Trump de sobretaxar produtos brasileiros
16/7 - 20:15 |
Trabalhador ou “colaborador”: o que você é na empresa em que trabalha
15/7 - 16:31 |
Presidente do SAEP assume mandato na Diretoria Plena Efetiva da Contee
Notícias relacionadas
Trabalhador ou “colaborador”: o que você é na empresa em que trabalha
15/7 - 16:31 |
Presidente do SAEP assume mandato na Diretoria Plena Efetiva da Contee
12/6 - 10:24 |
PL prevê volta da assistência sindical na homologação de demissões
15/5 - 13:54 |
Comissão de Trabalho debate ambiente laboral saudável
7/5 - 16:1 |
A ilusão da “pejotização” impulsionada ao custo da CLT “memerizada”