Brasília, terça-feira, 1 de março de 2011 - 14:22
PRECONCEITO
Bullying: drama de quem sofre em silêncio agressões nas escolas
Fonte: O Dia Online
Timidez e insegurança fazem da criança um alvo fácil para os valentões
Você sabe o que o diretor Steven Spielberg, a modelo Gisele Bundchen e o jogador David Beckham têm em comum além da fama? Todos sofreram bullying na infância.
Gisele era considerada ´magrela´, Spielberg sofria preconceito por ser judeu e Beckham era chamado de "mulherzinha" por se recusar a beber e sair à noite.
Os famosos conseguiram deixar as perseguições no passado. Mas nas escolas, longe de holofotes, a história é bem diferente: o bullying é um dos principais problemas enfrentados por estudantes.
"É uma agressão intencional e contínua. Ocorre quando um grupo escolhe um aluno para humilhar, bater, roubar, xingar, sempre de forma a depreciar", explica a educadora Tânia Zagury, autora do livro ´Educar sem Culpa´.
Segundo ela, os agressores são principalmente crianças de famílias desestruturadas, que não aprenderam a ter limites e são violentas.
"A vítima normalmente é tímida, tem poucos amigos, não sabe se colocar e tem medo de incomodar. Por isso se submete. Ela tem medo de contar aos pais, pois acha que a agressão pode piorar", explica o psiquiatra infantil Fábio Barbirato.
Alguns "sintomas" indicam se a criança está sofrendo bullying: arranhões, queda no rendimento escolar, falta de vontade súbita de ir para a escola, objetos danificados ou desaparecidos são alguns.
"Se os pais percebem mudanças no comportamento da criança, é preciso conversar, saber o que está acontecendo. Mas não devem colocar a criança contra a parede", diz Tânia.
Tirar a criança da escola não resolve: "Só muda o problema de lugar", afirma. Também não adianta forçar a barra, exigindo que a vítima se defenda.
"A criança que sofre bullying não é agressiva, não consegue revidar. Se os pais exigem que ela dê o troco, ela pode se sentir mais diminuída", diz Tânia.
O ideal é por a boca no trombone — garantindo o anonimato da vítima. "Vá à escola, converse com professores, peça que fiquem de olho. Mas peça que não falem o nome da criança", ensina.
Se a situação persistir, procure um psicólogo. "Crianças que sofrem bullying precisam aprender a se colocar. Isso evita depressão e que eles se tornem adultos submissos no futuro", orienta Barbirato.
Últimas notícias
Julgamento no STF adia, na Câmara, votação de isenção do IR para até R$ 5 mil
11/9 - 13:53 |
Conquistas e derrotas sociais: leitura mirando 2026
11/9 - 13:31 |
Condenação ou anistia para os golpistas de 2023
8/9 - 15:46 |
ENSINO SUPERIOR: Conquistas que valem a pena e valorizam a luta
8/9 - 12:20 |
A “morte por desespero” no Brasil: face oculta do neoliberalismo
Notícias relacionadas
ENSINO SUPERIOR: Conquistas que valem a pena e valorizam a luta
28/8 - 17:45 |
SAEP abre prazo para oposição à contribuição assistencial
31/7 - 15:4 |
Assinada Convenção Coletiva do Ensino Superior 2025/2027
14/7 - 16:5 |
Educação Básica: SAEP assina Convenção Coletiva 2025/2027
1/7 - 15:32 |
SAEP convoca categoria para analisar contraproposta patronal, em assembleia geral