Brasília, quarta-feira, 12 de janeiro de 2011 - 10:57 | Atualizado em: 15 de janeiro de 2011
PISO NACIONAL
Centrais intensificam luta pela valorização do mínimo
Fonte: CTB
Entidades se reúnem para discutir aumento da aposentadoria para valores acima do piso e reajuste da tabela do IR

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) esteve reunida, nesta terça-feira (11), na sede da União Geral dos Trabalhadores (UGT), em São Paulo, com as demais centrais sindicais para discutir a valorização do salário mínimo, o aumento da aposentadoria para quem ganha acima do piso e o reajuste da tabela do Imposto de Renda (IR), pautas importantes para o desenvolvimento econômico do país com valorização da classe trabalhadora.
Segundo os dirigentes sindicais, é de fundamental importância que a presidente eleita Dilma Rousseff, receba as centrais sindicais com o objetivo de iniciar as negociações em relação às reivindicações trabalhistas.
No encontro estiveram presentes os presidentes Wagner Gomes (CTB), Paulo Pereira da Silva (Força Sindical), Antonio Neto (CGTB), Ricardo Patah (UGT) Luiz Gonçalves (Nova Central-SP) e o secretário geral da CUT, Quintino Severo.
Durante duas horas os representantes das centrais discutiram os planos de luta para a os movimentos sindicais se oporem ao salário mínimo de R$ 540 reais definido pelo governo, uma vez que os sindicalistas foram unânimes em afirmar que os reajustes do salário mínimo, durante o governo Lula, contribuíram para a entrada tardia do Brasil na Crise Capitalista e foi fundamental para que o país rapidamente saísse e sofresse pouco seus impactos.
O presidente da CTB lembrou da importância que o Salário Mínimo tem para o desenvolvimento do país e destacou que por conta das dificuldades que as centrais tiveram em se reunir com a então candidata a presidência Dilma Rousseff, agora que já esta eleita é a hora de as centrais realizarem diversas manifestações nas principais capitais da federação para mostrar a insatisfação com o valor do Salário Mínimo anunciado.
João Batista Lemos, secretario Internacional Adjunto da CTB, defendeu que as centrais exponham a posição dos trabalhadores, contudo é preciso acionar o conjunto dos movimentos sociais para participar desse importante momento da luta da classe trabalhadora brasileira.
Manifestação
Paulo Pereira destacou que o novo governo vem dificultando a abertura de negociação com as centrais sindicais, por esse motivo a Força Sindical, assim como as demais entidades, apóiam a unidade pela realização de diversas manifestações por todo o país.
A data já foi definida e as seis centrais levarão às ruas, das principais capitais do país, no próximo dia 18, sua militância de base para reivindicar o reajuste digno do salário mínimo.
Aposentadoria e Imposto de Renda
Outros temas bastante debatidos durante a reunião desta manhã foram à correção da tabela do Imposto de Renda (IR) e o reajuste das aposentadorias.
Com relação ao IR, os dirigentes manifestaram a necessidade de construção de uma política uniforme de arrecadação que contemple as conquistas dos trabalhadores, pois da maneira que ocorre atualmente, os ganhos que as categorias trabalhistas tiveram com suas negociações serão todas revertidas em impostos.
Já a aposentadoria defendida pela categoria se refere à equiparação inflacionária somada a 80% do valor percentual do salário mínimo.
Segundo Luiz Gonçalves, as centrais precisam intensificar a luta pelas melhorias da classe trabalhadora, mas é preciso valorizar a Agenda da Classe Trabalhadora que já é um documento completo de reivindicações dos movimentos sociais e sindicais, pois foi um projeto de desenvolvimento para o país votado por 30 mil sindicalistas que se reuniram no estádio do Pacaembu, em 1 de junho, durante a 2º Conclat.
Unidade e fortalecimento da classe
No final da reunião aconteceu um coletiva de imprensa onde foi anunciado como meta imediata das centrais sindicais ampliar a luta pelo reajuste do SM de R$ 580, valorização das aposentadorias e correção do IR.
Para Antonio Neto esta é uma demonstração de que as centrais estão cada vez mais unidas em busca dos avanços dos direitos da classe trabalhadora e isso é importante para a luta sindical brasileira.
Centrais divulgam nota conjunta em defesa do Salário Mínimo de R$ 580.
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