Brasília, quinta-feira, 6 de janeiro de 2011 - 14:9 | Atualizado em: 8 de janeiro de 2011
SAÚDE
Saúde no DF em estado de emergência, diz Agnelo
Por: Renato de Souza
O abandono de pacientes é claro em hospitais brasilienses. É grande o número de infecções hospitalares

Assim que assumiu o governo do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT) fez o que já deveria ter sido feito há muito tempo, decretou estado de emergência na saúde pública do DF.
São problemas inacreditáveis que assolam há anos a Capital da Republica. Faltam medicamentos, médicos, quartos para internações e UTIs.
Tudo isso parece ser uma brincadeira com a vida quando descobrimos que sobrou R$ 18 milhões da gestão passada e que agora terá que ser devolvido a União.
A população do DF vive um verdadeiro caos com hospitais, centros e postos de Saúde públicos sobrecarregados e sucateados.
Atualmente, 14 hospitais e uma rede de 74 centros e postos de saúde não conseguem atender quem vive próximo a eles.
A cada ano, 3% de todo o orçamento da saúde, em média, é investido em obras, instalações, equipamentos e material de trabalho.
Mas, nada disso tem sido suficiente, todos os anos as instalações precárias do Hospital de Base vira noticia nacional.
Hospitais como o de Planaltina somam confusões devido à indignação de pacientes que esperam horas por um atendimento.
Calamidade na saúde
O governador Agnelo Queiroz classificou a situação do Hospital Regional do Gama (HRG) como calamidade durante uma visita ao local na última terça-feira (4).
A visita faz parte de uma vistoria realizada pela cúpula do governo integrada pelo vice Tadeu Filippelli e os secretários de Saúde, Rafael Barbosa, e de Obras, Luiz Carlos Pitiman.
O Gabinete de Crise se reuniu na terça com a direção do hospital em um encontro que durou pouco mais de duas horas.
Após a reunião, a cúpula garantiu que a prioridade é para que se dê continuidade às quatro obras que estão paradas no local.
São elas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), nos laboratórios, no pronto-socorro de Ginecologia e Obstetrícia e no Infantil.
Agnelo Queiroz condenou a estrutura do Hospital do Gama. Segundo ele, foram constatadas goteiras no centro cirúrgico e, ainda, que as obras feitas desde a inauguração do hospital são paliativas.
Para o governador, uma real solução para os problemas do Gama seria a construção de uma nova unidade de saúde, nos moldes do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM).
"O Gama merece um hospital que possa atender a população de maneira digna", ressaltou Agnelo. Se o projeto for aprovado, deverá demorar cerca de dois anos para a conclusão.
O Gama concentra boa parte de pacientes vindos do Entorno. Durante todo o ano de 2009, o hospital atendeu mais de 320 mil consultas na emergência.
Atualmente, a emergência do HRG atende, em média, mil pessoas. Os dados de 2010 ainda não foram divulgados.
Pessoal
O secretário de Saúde, Rafael Barbosa, condenou não apenas a estrutura física dos hospitais, mas, também, os problemas de abastecimento e na área de recursos humanos.
Rafael Barbosa anunciou que em cerca de 10 dias será aberto um edital de contratação de médicos, técnicos e profissionais de saúde.
O secretário também pediu aos servidores que estão no cadastro reserva de concursos anteriores que se apresentem para trabalhar no HRG.
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