Brasília, segunda-feira, 18 de abril de 2016 - 15:14
IMPEDIMENTO
Câmara autoriza instauração de processo de impeachment de Dilma
Fonte: Com agências
Julgamento vai agora para o Senado Federal
Com os votos favoráveis de 367 deputados, 137 contrários e 7 abstenções, o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, na noite deste domingo (17), a admissibilidade do processo de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, por crime de responsabilidade. O julgamento vai agora para o Senado Federal e, enquanto isso, Dilma segue no cargo até o fim da análise dos senadores.
No Senado, a sessão será conduzida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), que após formar uma comissão que analisará o processo, terá um prazo de 10 dias para a emissão de um parecer a ser votado pelo plenário da Casa.
Para que a presidente seja afastada provisoriamente do cargo, é preciso que a maioria simples dos 81 senadores, ou seja, 41 votos sejam favoráveis ao impedimento.
Caso seja aprovado no Senado, quem assume a presidência provisoriamente é o vice-presidente, Michel Temer (PMDB). O Senado terá um prazo de até 180 dias para análise do processo. Se os dois terços favoráveis ao impedimento não forem alcançados, Dilma Rousseff é absolvida e reassume o governo imediatamente.
Votação na Câmara
A sessão de domingo (17) foi marcada por intensos debates em defesa da democracia e críticas à corrupção. Dos 513 deputados federais, 511 participaram da votação. Se abstiveram de votar os deputados Pompeo de Mattos (PDT-RS), Vinícius Gurgel (PR-AP), Beto Salame (PP-PA), Gorete Pereira (PR-CE), Sebastião Oliveira (PR-PE), Mário Negromonte Jr. (PP-BA) e Caca Leão (PP-BA). Estavam ausentes os deputados Aníbal Gomes (PMDB-CE) e Clarissa Garotinho (PR-RJ). Apenas Psol, PT e PCdoB não deram votos à favor do impedimento da presidente Dilma.
A sessão de votação durou cerca 6 horas, mas todo o processo de discussão e votação do impeachment, iniciada na sexta (15) consumiu quase 53 horas.
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