Brasília, quarta-feira, 23 de setembro de 2009 - 0:56 | Atualizado em: 5 de outubro de 2009
ENSINO BÁSICO
SAEP aguarda para assinar CCT 2009; Sinepe quer impor perdas inaceitáveis
O Sinepe (sindicato dos empregadores do ensino básico) tem acusado o SAEP de ser responsável pela não assinatura da CCT. O que não é verdade! Vamos aos fatos e à verdade

A diretoria do SAEP não assinou, ainda, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de 2009, porque os donos das escolas querem impor um "acordo" que causa enormes prejuízos aos auxiliares de administração escolar.
O Sinepe (sindicato dos empregadores) tem acusado o SAEP de ser responsável pela não assinatura da CCT.
O que não é verdade! Vamos aos fatos e à verdade.
Até o momento, houve seis reuniões entre o SAEP e o sindicato patronal, que fez modificações na proposta do Sindicato, que são inaceitáveis.
O que os donos de escolas querem. E nós não aceitamos
Os patrões querem uma CCT que valha por dois anos. O SAEP não concorda.
Queremos acordos anuais, pois não abrimos mão da oportunidade de, anualmente, lutarmos por melhores condições de trabalho e salários para nossa categoria.
Assinaremos convenção por dois anos se o acordo for benéfico aos trabalhadores e quando ela estiver à altura do que nossa tão dedicada categoria merece.
O Sinepe não quer que o piso da categoria tenha como parâmetro o salário mínimo (SM).
Nós não aceitamos isto, pois o SM, com seus reajustes reais, tem sido forte indutor da economia e do consumo das famílias. Extinguir essa relação é jogar para baixo o piso da categoria.
Os empregadores querem, também, acabar com o acréscimo de 5% sobre o piso toda vez que o salário mínimo se igualar ou ultrapassar o piso da categoria. Nós não aceitamos de forma alguma isso. Conquista não se retira, se amplia!
Querem ainda pagar esse piso, retroativo a maio, sem os 5%. Desse modo, ficaria o valor do salário mínimo (R$ 465), mais o reajuste de 5,83% (INPC), cujo resultado final é: R$ 492,10. Não aceitamos!
Os patrões propuseram um piso de R$ 500 – de 1º de maio de 2009 a 30 de abril de 2010.
Para compreender como isso é inaceitável, o salário mínimo de 2010, que será reajustado em 1º de janeiro, sobe para R$ 506, o que equivale a mais ou menos 9% de reajuste.
Se aceitarmos o que os patrões propõem, em janeiro de 2010, o salário ou piso da categoria, será o salário mínimo nacional.
A categoria que representamos, certamente, não concorda com isso!
O SAEP defende
Que o piso da categoria tenha como parâmetro o salário mínimo e sua política de recuperação e atualização permanente.
Não abrimos mão do parágrafo único da cláusula 5ª de nossa proposta de CCT, que determina: o piso da categoria não pode ser inferior ao salário mínimo acrescido de 5%.
O País já saiu da crise e não foram os empresários que contribuíram para isto. Pelo contrário, se dependesse dos capitalistas, o Brasil ainda estaria mergulhado na crise, pois logo nos primeiros sinais de dificuldades, demitiram e arrocharam salário.
Os trabalhadores, impulsionados pelos seus sindicatos, foram à luta, e o Governo, com as medidas anticíclicas que estimularam o consumo das famílias, fez a roda da economia girar para frente e para o alto.
Vencemos a batalha, apesar da atitude dos empresários.
Desse modo, em 2010, o PIB (Produto Interno Bruto), a economia e o lucro dos donos de escolas irão crescer. Por isso, no próximo ano queremos fazer um acordo que reflita esse fluxo positivo da economia.
Assim, não aceitamos acordos que valham por dois anos.
Do contrário, aceitaremos uma CCT que rebaixa o salário da categoria.
Por fim, defendemos o piso atual (R$ 488,25), mais a reposição do INPC (5,83%), que vai perfazer um salário (piso) de R$ 516,70, retroativo a maio.
Qualquer coisa diferente disto significa uma perda que o SAEP não aceita para a categoria!
A Diretoria
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