OIT: mundo enfrenta desafio de gerar 600 milhões de empregos

Brasília-DF, domingo, 13 de julho de 2025


Brasília, terça-feira, 7 de fevereiro de 2012 - 13:15

CONTRA CRISE

OIT: mundo enfrenta desafio de gerar 600 milhões de empregos


Fonte: ONU Brasil

Relatório diz que é preciso criar empregos decentes para os cerca de 900 milhões de trabalhadores que vivem com suas famílias abaixo da linha de pobreza de 2 dólares por dia, a maioria nos países em desenvolvimento

O mundo enfrenta o "desafio urgente" de criar 600 milhões de empregos produtivos na próxima década, a fim de gerar crescimento sustentável e manter a coesão social, de acordo com o relatório anual sobre o emprego mundial divulgado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).

"Após três anos de contínuas condições de crise nos mercados de trabalho globais e diante da perspectiva de uma maior deterioração da atividade econômica, o desemprego afeta 200 milhões de pessoas em nível mundial", diz a OIT em seu relatório anual intitulado "Tendências Mundiais de Emprego 2012: prevenir uma crise mais profunda de empregos".

Além disso, o relatório diz que mais de 400 milhões de novos empregos serão necessários na próxima década para absorver o crescimento anual da força de trabalho, estimado em 40 milhões por ano.

O relatório também diz que o mundo enfrenta o desafio adicional de criar empregos decentes para os cerca de 900 milhões de trabalhadores que vivem com suas famílias abaixo da linha de pobreza de 2 dólares por dia, a maioria nos países em desenvolvimento.

"Apesar dos esforços extenuantes dos governos, a crise do emprego não diminui e um a cada três trabalhadores em todo o mundo - ou cerca de 1 bilhão de pessoas - está desempregado ou vive na pobreza", disse Diretor-Geral da OIT, Juan Somavia.

"O que é necessário é que a criação de empregos na economia real deve tornar-se nossa maior prioridade".

O relatório diz que a retomada iniciada em 2009 foi de curta duração e que há 27 milhões de trabalhadores desempregados a mais do que no início da crise.

O fato de que as economias não estão gerando emprego suficiente se reflete na relação emprego-população (a proporção da população em idade de trabalhar que está empregada), que sofreu o maior declínio já registrado entre 2007 (61,2%) e 2010 (60,2%).

Ao mesmo tempo, há quase 29 milhões de pessoas a menos na força de trabalho agora do que seria esperado com base em tendências pré-crise.

Se esses trabalhadores desestimulados fossem contados como desempregados, o desemprego global subiria dos atuais 197 milhões para cerca de 225 milhões, e a taxa de desemprego subiria de 6% para 6,9%.

O relatório traça três cenários para a situação do emprego no futuro. A projeção de referência é de 3 milhões de desempregados a mais em 2012, subindo para 206 milhões até 2016.

Se as taxas de crescimento global caírem abaixo de 2%, o desemprego subiria para 204 milhões em 2012. Em um cenário mais positivo, assumindo uma rápida resolução da crise da dívida na zona do euro, o desemprego global seria cerca de 1 milhão menor em 2012.

Os jovens continuam entre os mais atingidos pela crise do emprego. A julgar pelo rumo atual, diz o relatório, há pouca esperança de uma melhora substancial em suas perspectivas de emprego em curto prazo.

O relatório diz que 74,8 milhões de jovens entre 15 e 24 anos estavam desempregados em 2011, um aumento de mais de 4 milhões desde 2007.

Acrescenta que, globalmente, os jovens têm quase três vezes mais probabilidade do que os adultos de estarem desempregados. A taxa de desemprego global da juventude, de 12,7%, continua um ponto percentual acima do nível pré-crise.









Últimas notícias

Notícias relacionadas



REDES SOCIAIS
Facebook Instagram

Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar em Estabelecimentos Particulares de Ensino no Distrito Federal

SCS Quadra 1, Bloco K, Edifício Denasa, Sala 1304,
Brasília-DF, CEP 71398-900 Telefone (61) 3034-8685
recp.saepdf@gmail.com