Procurador-geral da República pede intervenção no Distrito Federal

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Brasília, sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010 - 13:20

CRISE NO DF

Procurador-geral da República pede intervenção no Distrito Federal


Fonte: Brasília Confidencial

O afastamento de Arruda torna chefe do governo o vice-governador Paulo Octávio. Mas, como Paulo Octávio é acusado de receber 30% do mensalão do DEM e como, pelo menos, oito deputados distritais participavam da quadrilha, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu ao Supremo Tribunal Federal que decrete intervenção no Distrito Federal.

Na opinião dele, a Câmara Legislativa não tem condições de assumir o governo durante o afastamento do governador.

"Grande parte dos deputados distritais está envolvida. Portanto, o Legislativo, a quem compete a responsabilização do governador, não tem a condição mínima de fazer isso", justificou Gurgel explicando também que, em caso de intervenção, toda a linha sucessória desaparece.

O procurador-geral acrescentou que há uma "verdadeira organização criminosa" no governo do Distrito Federal e "indícios fortíssimos" de um esquema de apropriação de recursos públicos.

Para Gurgel, a prisão do governador serve para evitar que outras testemunhas do mensalão do DEM sejam coagidas.

"Se (Arruda) continuar no governo, a máquina administrativa continuará a serviço desta organização criminosa".

Em nota, a seção da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal anunciou que apresentará novo pedido de impeachment caso seja confirmada posse do vice-governador Paulo Octávio (DEM), após o afastamento do governador José Roberto Arruda (sem partido).

Segundo o presidente da OAB/DF, Francisco Caputo, a decisão pelo impedimento deve ser aplicada ao governador e seu vice.

"Nada justifica a posse do vice Paulo Octávio. É público e notório que ele está envolvido no escândalo e não tem condições jurídicas e políticas para suceder o governador em caso de afastamento determinado pela Justiça".

Arruda insiste em que é vítima
Apontado em inquérito como chefe de uma quadrilha que fraudou licitações, superfaturou contratos, cobrou, arrecadou, embolsou e distribuiu propinas, o governador Arruda voltou ontem a declarar-se vítima do que chamou de "campanha difamatória" e "insidiosa" e de uma "série de armadilhas, armações, flagrantes pré-fabricados" e "denúncias políticas bem elaboradas".

Em carta que escreveu aos "amigos do GDF", afirma que essa campanha atinge "níveis jamais vistos na vida pública brasileira" e, em alusão à decisão de ontem do STJ que considerou "absurda", argumenta que nos "momentos mais graves" da política, como o "mensalão do PT" ou o impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello, "não se viu medidas judiciais coercitivas dessa gravidade".

Arruda manifesta a opinião de que as denúncias sobre o mensalão do DEM não atingem somente a ele, como governador eleito pelo povo, mas todo o GDF e Brasília. E que o objetivo delas, inicialmente de impedir sua participação nas eleições de 2010, agora é destruí-lo pública e pessoalmente.









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