Brasília, quinta-feira, 1 de julho de 2010 - 17:57
TRABALHO FORMAL
Taxa de desemprego é a menor em oito anos, revela Dieese
Fonte: Correio Braziliense
Pesquisa do Dieese revela que a taxa de 14,3% registrada em maio fica estável em relação a abril. Embora tenham sido criados 8 mil postos, 3 mil pessoas estão sem ocupação. Em todo o Distrito Federal, 201 mil profissionais estão fora do mercado

A taxa de desemprego em maio no Distrito Federal (DF) manteve-se estável em relação a abril.
De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), 14,3% da população brasiliense está sem emprego — a última taxa registrada era de 14,2%.
Apesar da pequena variação, são 3 mil desempregados a mais no DF, mesmo após a criação de 8 mil postos de trabalho durante o mês.
Desde 1992, no entanto, essa é a menor taxa de desemprego registrada na unidade da federação em maio.
Ao todo, o DF tem hoje 201 mil pessoas desempregadas. Os dados integram mais uma edição da Pesquisa Emprego e Desemprego (PED), realizada trimestralmente e divulgada pela Secretaria de Trabalho.
As atividades que aumentaram o número de empregos na capital federal, no período pesquisado, foram a indústria e o setor de serviços. Nesse último, prevaleceram as áreas de reparação, educação e alimentação.
Em contrapartida, a construção civil e o comércio apresentaram uma pequena retração na oferta de postos de trabalho.
Um dos destaques apontados pela pesquisa é o tempo que os brasilienses demoram para conseguir um novo trabalho. Enquanto em 2009 a procura média levava 56 semanas, este ano o intervalo caiu para 47 semanas.
No último ano, 66 mil postos de trabalho foram criados no DF. Desses, 82% foram formalizados nas carteiras de trabalho dos novos assalariados.
De acordo com Tiago Oliveira, economista do Dieese e um dos responsáveis pela PED, o comportamento das taxas de desemprego mensais no DF reforça a expectativa de um resultado positivo no fim de 2010.
"Tudo indica que fecharemos o ano com a menor taxa de desemprego do DF desde 1992. Temos tudo para caminhar nesse sentido", afirmou.
A fim de garantir os números positivos, o secretário de Trabalho, Takane Nascimento, destaca a concentração de esforços por parte da pasta.
"Nossa atenção especial é para cidades como Samambaia, Brazlândia, Riacho Fundo, Ceilândia e Recanto das Emas", revelou.
A pesquisa de emprego do Dieese — que contabiliza o contingente total de ocupados nos locais em que é feito o levantamento — também mostra que o número de autônomos cresceu no último mês no DF.
São mil autônomos a mais do que em abril — um total de 180 mil. Na mesma categoria, ocorreu um aumento de 2,8% se comparada ao último ano.
"Na próxima pesquisa poderemos avaliar se esse setor se ampliou com o período que vivemos, de Copa do Mundo, em que visivelmente temos maior quantidade desses trabalhadores nas ruas", considerou o secretário adjunto de Trabalho, Gustavo Brum.
Capacitação
A fim de aumentar o número de trabalhadores capacitados no DF, a Secretaria de Trabalho desenvolve o programa Espaço Cidadão.
Na Vila Olímpica de Samambaia, são atendidos 875 alunos nos cursos de operador de microcomputador, assistente administrativo, assistente para construção civil, eletricista, salgadeiro/confeiteiro, aplicador de revestimentos cerâmicos, carpinteiro, pedreiro, pintor de obras e instalador de sistema de segurança eletrônica.
Os alunos qualificados pelo projeto são encaminhados para as vagas disponíveis na cidade em que a capacitação é realizada.
O programa esteve em Braz-lândia este ano e qualificou 810 pessoas. "Nosso enfoque é principalmente para a construção civil, que é uma área importante para o DF e para a qual falta mão de obra especializada", considerou Nascimento.
O número de empregos criados pelo setor, segundo a PED, cresceu 17,5 % no último ano.
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