Brasília, terça-feira, 8 de setembro de 2009 - 14:50
INCLUSÃO SOCIAL
Para Dilma, pré-sal é passaporte para combater a desigualdade
Fonte: Correio Braziliense
Ministra se diz convencida de que as gigantescas reservas atrairá os investidores

A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou nesta terça-feira (8) que o novo modelo regulatório para a exploração da camada de pré-sal do Brasil é um passaporte para acabar com a desigualdade no país.
"Este modelo é apropriado para a quantidade de petróleo que temos, para os reduzidos níveis de risco exploratório e os altos níveis de rendimento. Queremos ficar com uma parte maior dos recursos do petróleo", declarou Dilma em uma entrevista ao jornal britânico Financial Times.
"É um passaporte para sair da condição de ser o país mais desigual do mundo", acrescentou a candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a eleição de 2010.
Em uma das maiores descobertas de petróleo em décadas, o Brasil detectou na costa sul em 2007 reservas potenciais de entre 50 e 100 bilhões de barris na camada pré-sal do leito submarino, a uma profundidade de até 7.000 metros, que podem fazer do país um dos maiores produtores e exportadores do mundo.
Para regular a exploração, Lula enviou ao Congresso um projeto de marco regulatório que concede um mínimo de 30% da operação em todas as concessões do pré-sal a Petrobras, cria uma nova estatal (Petro-Sal) para administrar as áreas e contratos e garante o retorno do faturamento obtido aos cofres públicos.
Segundo o Financial Times, o projeto brasileiro não foi bem recebido pela indústria petroleira, que teme que um desestímulo dos grandes investimentos privados necessários para o início da produção comercial destas reservas em 2015.
A ministra, no entanto, se disse convencida de que o tamanho gigantesco das reservas atrairá os investidores, independente do modelo de gestão.
Justine Thody, analista da Economist Intelligent Unit, concordou com a avaliação de Dilma Roussef. "O Brasil é politicamente estável, tem regras estáveis, uma economia bem dirigida e não há riscos de segurança", declarou à AFP.
"Não há muitas oportunidades como esta no mundo para as companhias de petróleo estrangeiras", completou.
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