Brasília, sexta-feira, 30 de abril de 2010 - 16:58 | Atualizado em: 9 de junho de 2010
CONVENÇÃO COLETIVA
Ensino superior: SAEP inicia negociação da CCT 2010
Por: Daiana Lima
Sindicato diz que é possível construir e avançar, desde que empregadores não ignorem a importância da valorização dos trabalhadores

A diretoria do SAEP deu início, nesta sexta-feira (30), a primeira rodada de negociação da Campanha de Reivindicações 2010 do ensino superior.
O encontro aconteceu pela manhã, na sede do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos Particulares de Ensino Superior do Distrito Federal (Sindepes), com os representantes dos empresários da educação.
Após abrir a reunião, a presidente do SAEP, Maria de Jesus da Silva, disse que a pauta de reivindicações dos auxiliares de ensino não é impossível, pois ela não é alienada. "Vamos tentar avançar este ano", enfatizou Maria.
O presidente da comissão de negociação dos empregadores, Roberto Esteves Lima, insistiu no fato de "enxugar" a pauta, de ordenar as reivindicações por prioridades.
"Eu entendo que é importante [a pauta de reivindicações], mas, tem que ser priorizada, essa pauta de vocês parece uma missão impossível", ironizou o advogado.
Construir para avançar
Para o diretor do SAEP, Mário Lacerda, a pauta de reivindicações é extensa porque é uma grita da categoria.
"O empregador tem que olhar essas necessidades do trabalhador com preocupação, não com deboche. Se ela está extensa, o patrão tem que olhar isso como um alerta, pois, se são tantas reivindicações, significa que há direitos básicos que não são atendidos."
Lacerda ressaltou, também, que o SAEP tem disposição para construir e avançar. "É possível construir sempre. Estamos aqui para isso", enfatizou.
O diretor fez, ainda, um questionamento aos empregadores: "o que é mais importante, a valorização do empregado ou o tensionamento? Construir ou destruir? É preciso pensar em todos os trabalhadores, nossa categoria é muito heterogênea".
Prioridades
Roberto Esteves Lima, disse que concorda com os diretores do SAEP em relação a avançar nas negociações.
"Podemos construir sim, mas é importante ordenar as prioridades, isso não significa que não vamos olhar as outras cláusulas", afirmou o presidente da comissão dos empregadores.
Mário Lacerda, diretor do SAEP, critica o fato de os representantes dos empregadores apontarem entraves para a negociação. "Não entendo qual a dificuldade em interpretar essa pauta, eu li e não vi nenhuma dificuldade de interpretação".
E acrescentou o diretor: "não podemos nos iludir e, depois que o SAEP apresentar as prioridades, chegar na próxima reunião e dizer que também não dá para negociar", adverte Lacerda.
Participaram, também, da reunião, representando o SAEP, o diretor financeiro, Idenes de Jesus Sousa Cruz, o diretor de Comunicação, Edimar de Souza Lopes, o diretor jurídico, Jeferson de Souza Silva, o assessor jurídico e advogado Charles Arruda, e o assessor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Osmar Ferreira dos Santos.
Negociação
A próxima reunião está marcada para o dia 6, quinta-feira, às 16 horas, na sede do Sindepes.
A diretoria do SAEP vai apresentar um conjunto de reivindicações que é prioridade para a categoria, sem prejuízo da pauta ampla.
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