Brasília, segunda-feira, 7 de junho de 2010 - 11:33
TRANSPORTE PÚBLICO
Greve dos rodoviários na próxima segunda (14)
Fonte: Correio Braziliense
Brazilienses que dependem de ônibus devem ficar atentos para o início da paralização

A partir da meia noite da próxima segunda-feira (14), a população que depende do transporte público deve ser prejudicada com a greve dos rodoviários.
A paralisação foi aprovada em assembleia da categoria realizada neste domingo (6). Eles pedem reajuste salarial e outros benefícios.
Segundo o diretor do Sindicato dos Rodoviários, Lúcio Lima, a pauta de reinvidicações está aprovada desde 30 de março, mas não houve sucesso na negociação com as empresas de ônibus. "Não restou outro caminho se não a greve", afirma.
Antes da paralisação, haverá uma nova assembleia. No entanto, a categoria garantiu que não desistirá da greve durante o encontro caso não seja oferecida nenhuma proposta aceitável aos trabalhadores até lá.
De acordo com Lúcio Lima, houve uma tentativa de negociação com as empresas há aproximadamente 15 dias.
"Enviamos a pauta aos empresários no início de abril. Teve abril e maio todo para as negociações. Mas as empresas se recusaram a aceitar nossa proposta", explica.
Paralisação
Quase todas as empresas de ônibus vão aderir à greve. Apenas o Transporte Coletivo de Brasília (TCB) ficou de fora. "A greve é geral e por tempo interminado", explica Lúcio Lima.
O diretor ressaltou, ainda, que 30% dos serviços continuarão a funcionar. "Estaremos cumprindo a lei que determina funcionamento parcial."
Reivindicações
A categoria pede 20% de reajuste salarial e o mesmo percentual no tíquete da cesta básica.
Além disso, entre os principais pedidos estão plano de saúde, licença maternidade, fim da obrigatoriedade da jornada extra e renovação da frota de ônibus com motor traseiro.
Em relação à jornada extra de trabalho, o diretor do Sindicato dos Rodoviários explicou que esse extra é obrigatório apenas para alguns, mas quase 100% dos servidores cumprem a jornada.
"Isso cansa muito a categoria. Alguns chegam a trabalhar quase 12 horas seguidas", diz.
Sobre a renovação da frota, Lúcio disse que cidades que priorizam o transporte público já possuem ônibus com motor traseiro.
"Esse coletivo oferece mais comodidade aos motoristas e também aos passageiros". A categoria quer que o governo torne isso obrigatório.
Últimas notícias
Julgamento no STF adia, na Câmara, votação de isenção do IR para até R$ 5 mil
11/9 - 13:53 |
Conquistas e derrotas sociais: leitura mirando 2026
11/9 - 13:31 |
Condenação ou anistia para os golpistas de 2023
8/9 - 15:46 |
ENSINO SUPERIOR: Conquistas que valem a pena e valorizam a luta
8/9 - 12:20 |
A “morte por desespero” no Brasil: face oculta do neoliberalismo
Notícias relacionadas
Trabalhador ou “colaborador”: o que você é na empresa em que trabalha
5/6 - 17:53 |
SAEP apoia greve dos professores da rede pública; docente mal remunerado é descompromisso com educação de qualidade
13/3 - 10:27 |
8 de março: Flora Lassance: Ser mulher vale a pena; mas é preciso lutar
10/1 - 10:21 |
TST: Só sindicato de trabalhador pode propor ação de reajuste salarial
28/11 - 10:52 |
13º: conquista sindical que reforça renda no fim de ano