Brasília, segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011 - 14:17
FIDELIDADE PARTIDÁRIA
Planalto ameaça aliado que não votar mínimo de R$ 545, na quarta (16)
Fonte: Folha de S. Paulo, no DIAP
O governo vai exigir fidelidade na votação do salário mínimo, marcada para esta quarta-feira (16) na Câmara, ameaçando punir deputados que votarem em valores superiores aos R$ 545 e considerando-os "dissidentes".
A inflação oficial de 5,9% em 2010, a maior em seis anos, foi decisiva na decisão da presidente Dilma Rousseff de não aceitar negociar um valor maior, ainda que R$ 550, como chegou a ser cogitado pelo governo.
Depois de reunião com o ministro Guido Mantega (Fazenda) e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, Dilma fez chegar aos aliados no Congresso recado de que não aceita perder o controle da inflação no seu primeiro ano de mandato.
"Quem votar contra os R$ 545 será considerado dissidente, pois essa fórmula já garante um ganho real para os trabalhadores", disse ontem o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP).
"O governo não abrirá mão desse valor. Com um anúncio de cortes da ordem de R$ 50 bilhões seria irresponsabilidade dar um aumento maior."
O principal temor é que seus aliados ajudem a aprovar um mínimo de R$ 560. O valor foi articulado pelo presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), que inicialmente brigava por R$ 580.
O PSDB, na hora da votação, vai defender R$ 600, por ser bandeira do candidato derrotado à Presidência José Serra, mas centrará fogo mesmo nos R$ 560.
DEM, PV e PDT também já declararam oficialmente apoio a esse valor. E eles acreditam que contarão com votos do PT e PMDB, entre outros aliados.
"Não é um absurdo o que estamos pedindo. Essa proposta tem muita simpatia. Acho até que se o PT não fechar questão nós ganhamos a maioria dos votos na bancada", afirmou o presidente da Força Sindical.
O argumento é que os R$ 15 de diferença para o que quer o governo pode ser pago como adiantamento de 2012, quando o mínimo deve ficar em R$ 613.
Para tentar provar que não vai haver dissidentes na base, Vaccarezza indicou Vicentinho (PT-SP), um ex-sindicalista, como relator da proposta.
Ele vai dar parecer para o projeto enviado à Câmara quarta-feira (9), que além de fixar o valor de R$ 545, define a política de valorização do mínimo até 2015.
Últimas notícias
Educação Básica: SAEP assina Convenção Coletiva 2025/2027
9/7 - 13:27 |
Mamata: empresários deixam de pagar R$ 414 bi em impostos federais
1/7 - 15:32 |
SAEP convoca categoria para analisar contraproposta patronal, em assembleia geral
25/6 - 15:37 |
SAEP segue em negociação com Sindepes para fechar Convenção Coletiva
18/6 - 18:24 |
Interação humana ensinada por educadores não será substituída pela IA, diz Bill Gates
Notícias relacionadas
Eduardo Cunha renuncia à presidência da Câmara dos Deputados; manobra visa salvar mandato
7/7 - 10:46 | GOLPISTA EM AÇÃO
Aliados de Temer retiram urgência de projeto anticorrupção de Dilma
7/7 - 10:39 | FACE DO GOLPE
A nova manobra de Cunha: se apegar a um detalhe técnico para detonar a investigação
7/7 - 10:28 | SINDICALISMO
Comissão da Câmara aprova relatório sobre custeio de atividade sindical
6/7 - 12:56 | SINDICALISMO
Centrais sindicais debatem custeio na Câmara dos Deputados